terça-feira, 3 de maio de 2016

Resenha: Cidades de Papel de John Green

Título: Cidades de Papel
Autor: John Green
Editora: Intrínseca
Páginas: 368
Consegui... Comprei em um sebo em JP <3

Resumo: Nosso protagonista é Quentin Jacobsen. Um garoto que nutre uma paixão pela sua vizinha e "ex-amiga" Margo Roth Spiegelman. Ambos estudam na mesma escola e apesar de terem sido grandes amigos na infância, hoje Margo trata Quentin como se fosse apenas um conhecido distante.
Margo é apresentada como uma garota de personalidade incrível porém um comportamento um tanto quanto estranho, como sumir sem dizer aonde foi e depois voltar com histórias incríveis.

Após um dia normal na escola, Margo entra no quarto de Q tarde da noite querendo que ele acompanhe ela em uma espécie de vingança em 13 passos. Mesmo com toda relutância, ele vai. Após concluir todas as etapas, ficar mais apaixonado do que nunca, Q dorme com a esperança de que a partir do dia seguinte, ele e Margo retomem a amizade que tinham na infância, mas não é nada disso que acontece. 

No dia seguinte, Q descobre que Margo fugiu mais uma vez, ou seja, todos os planos que ele tinha feito foram por água abaixo, porém, em uma conversa entre seus pais e os pais dela, Q descobre que toda vez que fugia, Margo deixava pistas sobre para onde iria. Baseando no que aconteceu na noite do desaparecimento e na primeira pista deixada por Margo, em que Q tem certeza que foi pra ele, nosso protagonista resolve encontrar ela, onde quer que esteja.

Minhas impressões:  Bom, fui ler o livro mais pela curiosidade de saber se todos os livros do Jhon Green eram bons, após 'A culpa é das estrelas' e 'Quem é você, Alaska?', eu criei muitas expectativas. Dos três, é o mais fraco, mas não decepcionou. O carinho de Q por Margo é lindo, mas se eu fosse amiga dele eu diria: 'você precisa ter mais amor próprio". A fixação dele por ela é tão grande que isso ameaça até a relação com os dois melhores amigos. Inclusive, os melhores momentos foram graças à eles.

"O PNC era um Buick de quinze anos de idade que havia sido conduzido impunemente por todos os três irmãos mais velhos de Ben, e, quando chegou às  mãos dele, era composto basicamente de fita adesiva e massa de reparo. Seu nome    completo era Pé na Cova, mas a gente abreviava para PNC. O PNC não rodava  com gasolina; era movido pelo combustível inesgotável que é a esperança  humana. A gente sentava no flamejante estofamento sintético e torcia para o  carro pegar, e então Ben girava a chave e o motor tentava pegar duas vezes, feito  um peixe estrebuchando em terra firme. E a gente torcia com mais fervor, e o  motor quase pegava mais umas duas vezes. E a gente torcia um pouco mais, e  finalmente ele dava partida."


"— Na última vez que senti tanto medo, mijei nas calças.
 — Na última vez que senti tanto medo — diz Radar —, foi porque tive que
enfrentar o Lorde das Trevas para tornar o mundo um local seguro para os
bruxos.
Fiz uma tentativa meio caída:
 — Na última vez que senti tanto medo, tive que dormir no quarto de
minha mãe.
Ben solta uma risada.

 — Q,se eu fosse você, ficaria com medo assim Todas. As. Noites."

Infelizmente pra entender boa parte das piadas, é preciso ler o livro todo, mas vale a pena. Eu particularmente acho graça só em reproduzir alguns trechos aqui pra vocês. 

"-E aí, que diabos a gente faz agora? - perguntou Ben.
 -Não fale assim na frente de Ruthie - repreendi.
 -Ruthie, você se importa que eu diga "diabos"?
 -A gente não acredita em diabo-foi a resposta dela
 -Gente- interrompeu Radar-, a porta."

Esse é um daqueles livros que não se fala muito, pelo menos não pra mim, a história tem tantos detalhes que fazem diferença que comentar perde totalmente o sentido. O livro pra mim teve seu ápice na viagem final em busca da Margo, em que os três amigos e a namorada de um deles resolve passar horas dentro de um carro a fim de seguir a ultima pista dela. Imagine quatro amigos se revezando em um carro, precisando fazer paradas com rapidez digna de corridas de carros em busca de alguém que ninguém sabe ao certo se estará lá. Nessa viagem foi a leitura que mais me agradou, que mais me agitaram e me fizeram seguir com a rapidez de um ninja pra terminar logo.
O final pra mim terminou com aquela incerteza sabe, não vou dizer como foi, mas talvez, quando você ler, se é que já não leu, possa concordar comigo que o final, é apenas a reprodução de uma frase dita em uma determinada parte do livro: "É muito difícil ir embora – até você ir embora de fato. E então ir embora se torna simplesmente a coisa mais fácil do mundo."



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